Especialistas apontam novas soluções que ajudam a adaptar espaços a temperaturas extremas

Com o aumento das temperaturas globais, a climatização de ambientes se tornou um tema importante para o conforto, saúde e sustentabilidade. Adaptar espaços para resistir aos extremos climáticos do futuro se tornou uma necessidade cada vez mais urgente, e o desenvolvimento de sistemas mais eficientes é uma das principais estratégias para enfrentar esses desafios. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda por ar-condicionado deve triplicar até 2050, impulsionado pelo aumento das temperaturas globais e pela urbanização crescente. O estudo indica que, à medida que as ondas de calor se tornam mais intensas e frequentes, especialmente em regiões como a Ásia e o Oriente Médio, a procura por climatização se intensifica. Segundo a AIE, a tendência é que os países em desenvolvimento, em particular, adotem cada vez mais o uso do ar-condicionado, aumentando a demanda por eletricidade e a necessidade de sistemas energeticamente eficientes.
Patrick Galletti, engenheiro de climatização e CEO do Grupo RETEC, investir em sistemas com um uso mais consciente de recursos é fundamental desde já. “Estamos em uma era de mudanças climáticas rápidas e intensas, e precisamos que nossos sistemas de climatização acompanhem essas transformações. Ainda bem que cada vez mais tecnologias estão surgindo para tornar o consumo energético mais responsável e eficiente”, afirma Galletti.
A importância de sistemas adaptáveis
O desenvolvimento de sistemas que se ajustam a diferentes condições climáticas é um ponto central. O calor extremo exige que os equipamentos ofereçam flexibilidade e adaptação, reduzindo o impacto no consumo e garantindo o conforto necessário. Patrick Galletti explica que a personalização e a adaptação dos sistemas são fatores fundamentais para o bom desempenho, especialmente diante das variações climáticas. “Para que os sistemas atendam às demandas, eles precisam ser projetados de acordo com as necessidades reais do ambiente e as condições externas”, observa.
Essas adaptações incluem o uso de ventilação natural, renovação de ar e materiais de construção que melhoram o isolamento térmico, ajudando a preservar a temperatura interna e a evitar o desperdício de energia. Equipamentos ajustáveis a diferentes climas permitem que a climatização trabalhe com mais eficiência, uma tendência que cresce conforme o impacto das mudanças climáticas se intensifica.
Climatização e sustentabilidade no cotidiano
Ambientes residenciais, por exemplo, podem investir em sistemas que otimizem o isolamento térmico e aproveitem a ventilação natural, reduzindo a necessidade de uso contínuo de ar-condicionado. A integração de soluções de monitoramento inteligente também permite que a climatização seja ativada somente nos horários mais necessários, economizando energia.
Em empresas e espaços comerciais, a adaptação se torna ainda mais relevante, pois as temperaturas elevadas afetam diretamente a produtividade e o conforto dos funcionários. Estratégias como o uso de cortinas térmicas, vidros com tratamento especial e sistemas de ventilação automatizados ajudam a manter a temperatura adequada sem o aumento excessivo de consumo energético. Para hospitais, essa adaptação é ainda mais crítica, já que ambientes médicos precisam de controle constante de temperatura e qualidade do ar para evitar a proliferação de patógenos e garantir a segurança de pacientes e profissionais.