A arquiteta e designer de interiores, Caroline Sautchuk, comenta como esse processo aconteceu nos últimos tempos. “Para muitos, os rituais que envolvem o uso do banheiro passaram a ser quase que uma válvula de escape, trazendo ares terapêuticos e transformando o cômodo um espaço restaurador.”
Por conta da própria crise sanitária ligada à pandemia, o uso dos banheiros reforçou a questão da saúde, visto que agora as pessoas chegam em casa e a prioridade é a de limpar-se e higienizar as roupas, muitas vezes, escolhendo o banheiro para isso. A experiência nesses ambientes resgatam parte da individualidade, já que passamos a maior parte do dia em ambientes compartilhados, como a sala de estar e a cozinha. “Para muitos, ele passou a ser o único lugar da casa onde permanecer sozinho virou sinônimo de reorganização mental”, afirma a profissional que tem focado não em projetar banheiros e sim, salas de banho. Um item comum nesses espaços é a banheira de imersão.
Alguns fatores ajudam a otimizar a organização e influenciam a decoração dessas áreas. A luz natural, por exemplo, é essencial para esse cômodo. A tendência do minimalismo também está em voga. “Não acredito que deva ser uma regra, mas a estética minimalista funciona bem em cômodos mais funcionais como os banheiros. Nos lavabos, dá para explorar elementos visuais, decorativos, incluir mais cores, texturas e estampas”, acrescenta. Ao mesmo tempo, cada espaço da casa deve ser pensado especificamente para a rotina da família. Portanto, a personalização é bem-vinda. “Coloque aramados, cestas, prateleiras, gavetas, bancadas em locais estratégicos, que facilitam o dia a dia”, completa.
