Second hand: transforme o seu lar com tapetes vintage

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Especialista dá dicas de como medir, limpar e mantê-los bonitos, mesmo com o passar do tempo

Second hand: transforme o seu lar com tapetes vintage - VINTAGE
Imagem: Mariana Wakim – fundadora da Tapilogie

Seja por tendência, estilo ou economia, um movimento que tem ganhado cada vez mais força nos universos da moda e decoração: ‘second hand’ — moda de segunda mão –, que consiste em ressignificar peças usadas, a fim de promover um consumo consciente e estilo único.

A empresária, Mariana Wakim, garimpeira profissional e fundadora da marca de tapetes vintage Tapilogie, dá dicas de como transformar os ambientes do seu lar com o uso destas peças. “Os tapetes são a forma mais descomplicada de adicionar vida e personalidade a um espaço, já que não é preciso furar paredes, derrubá-las ou pintar: basta estender um tapete para transformar profundamente um cômodo”, sugere.

Medidas: como definir o tamanho do tapete: O essencial é saber o tamanho da peça que se precisa em cada ambiente.“A referência pode ser o tamanho dos móveis com os quais o tapete fará composição, dentre eles sofá, mesa de centro, mesa de jantar e cama, ou no próprio chão, na parte onde deseja adicioná-lo”, orienta. Para isso, há alguma regrinhas:

Tapetes para salas de estar ou de TV devem exceder ao menos 20cm a largura do sofá de cada lado. Para salas de jantar, a medida é de 60cm de cada lado da mesa, para abranger também as cadeiras quando estas forem arrastadas. Já para os quartos, ao menos 50 cm das laterais e do pé da cama.

Como garimpar tapetes de qualidade e em bom estado?

Observe todas as imperfeições e marcas do tempo presentes.

“Observe o estado dos cordões laterais, franjas, lã, e até limpeza dos tapetes, já que eles podem ter manchas que podem ou não sair com a lavagem. É necessário entender se você quer abraçar todas as imperfeições ou se prefere achar peças mais inteiras; as consideradas seminovas.” Olhe o verso do tapete: modelos industriais podem levar uma camada de cola plástica em seu verso para firmar a pelagem, ou, então, ter o verso coberto por um tecido em outra cor, enquanto os artesanais têm a traseira idêntica à frente do tapete, sem tecido ou cola; seguindo o mesmo desenho e esquema de cores da frente do tapete.

Algo crucial para definir a qualidade são os materiais da composição da peça. Os modelos orientais feitos a mão são confeccionados com materiais naturais como lã, algodão e seda. “Na Tapilogie, nossa curadoria busca sempre peças vintage que tenham sido confeccionadas a mão, em países com tradição nessa confecção, entre eles Irã, Afeganistão, Paquistão, Índia, Turquia e China. Eles levam meses para serem confeccionados (6 meses, 1 ano, ou até mais) e são fruto de uma tradição de tecelagem que remonta a centenas de anos nesses países.”

Usando os tapetes vintage com criatividade: Caso a proposta do ambiente seja mais vintage, com marcas do tempo, recomenda-se os modelos persas antigos, enquanto em ambientes contemporâneos, peças de cores vivas e formas geométricas, como é o caso dos kilims, que são mais fáceis de manter no dia a dia. Para inovar, ele pode ser instalado em paredes. “Neste caso, não indico isso às peças grandes, pesadas e densas em nós, a não ser que a parede seja super reforçada e dotada de todos os suportes para segurar a peça no lugar”, explica Mariana. E, ainda, para pendurar, leve a peça a uma loja de moldura, para que eles costurarem suportes que ajudem a pendurá-lo, sem danificá-lo.

Na parede ou no chão, mantenha a limpeza com praticidade: para evitar o acúmulo de poeira, o recomendado é aspirar uma ou duas vezes por semana, levando-o para uma lavagem com um profissional especializado a cada um ano e meio a dois. A especialista garante que, no geral, os cuidados são simples e valem a pena. “Ele pode durar centenas e centenas de anos”, finaliza.