De acordo com pesquisa, setor de lâmpadas e iluminação deve registrar uma receita de US$ 1,26 bilhão em 2024
O mercado de lâmpadas e iluminação deve atingir a receita de US$ 1,26 bilhão em 2024, de acordo com o relatório Lamps & Lighting Brazil, da Statista, portal de pesquisas e análises de mercado. Entre os fatores que contribuem para a projeção está o interesse de consumidores por eficiência energética e o foco na sustentabilidade, movimento que também tem favorecido o segmento de luminárias ou pendentes sustentáveis e ampliado as possibilidades de redução dos impactos ambientais em projetos de iluminação. Os objetos decorativos integram toda uma cadeia de soluções socioambientais, que inclui desde o uso das lâmpadas LED até ferramentas de conectividade que possibilitam, entre outros fatores, um maior controle de custos e também de luminosidade.
Caroline Palaoro, CEO da Biasá, empresa que tem no portfólio o desenvolvimento de luminárias e pendentes em fibras naturais, como o rattan, sisal, mandola, entre outras opções, afirma: “temos observado um interesse crescente de clientes em itens que trazem menor impacto ambiental. Além disso, vivemos em um tempo de conscientização, ou seja, as pessoas estão cada vez mais informadas sobre os efeitos negativos do consumo não sustentável. Isso tem levado a uma maior demanda por produtos que sejam eco-friendly”.
Entre as vantagens do uso dos materiais, a executiva destaca a “rápida capacidade de reposição e decomposição no meio ambiente, não acumulando lixo e evitando o desmatamento”. Um dos tipos, o rattan, proveniente da palmeira homônima, nativa das selvas tropicais da Ásia, é leve, quase impermeável e fácil de mover e manusear. Pode suportar condições de extrema umidade e temperatura e tem uma resistência natural a insetos. Por ser uma palmeira que “sufoca” outras plantas, a sua poda é incentivada em diversas regiões do continente asiático, para assim, não atrapalhar o ecossistema da região”.
A atual tendência estética também favorece a comercialização dos produtos. Segundo a executiva, estão em alta “as formas naturais como flores, folhas e outras estruturas biológicas, e os itens com proposta minimalista, que incluem a criação de peças com design simples e funcional”. O maior interesse de clientes em produtos sustentáveis também é compartilhado por Renato Basgal Pessoa, CEO da Classic Lar, empresa que desenvolve luminárias decorativas. “Verificamos uma crescente procura por itens fabricados com materiais naturais, tais como madeira e fibras a base de algodão e celulose”.
O movimento tem possibilitado a aposta em iniciativas e novidades, informa o gestor. “Em 2022, incluímos em nosso portfólio a opção pelo acabamento em Eucalipto Globulus, madeira reflorestada e importada com tonalidade clara e pouco rosada, acabamento muito comum na Europa, onde recebe o nome de Blue Gum. Também desenvolvemos um molde para injetar nossos próprios soquetes E27 em WPC, substituindo 10% do Polipropileno por fibra de madeira, tornando-o mais sustentável”. Ele também explica que, recentemente, “um fornecedor nos apresentou uma tela de palha indiana sextavada feita com fibra de algodão e desafiamos o nosso parceiro a criar um conceito de luminárias cujo design combinasse com a fibra. Desenvolvemos duas novas coleções”, finaliza.