Mais do que embelezar a casa, o paisagismo pode ser um potente recurso de autocuidado. Jardins sensoriais, hortas caseiras e o uso de plantas com propriedades medicinais estão entre as soluções que vêm ganhando espaço nos projetos contemporâneos com o propósito de reconectar as pessoas à natureza e melhorar sua saúde física e mental. “Cuidar de um jardim é, muitas vezes, também cuidar de si”, afirma o paisagista Júlio Sousa, que tem inserido cada vez mais elementos terapêuticos em suas criações.
O contato diário com o verde, mesmo em áreas reduzidas, têm impactos comprovados: reduz o estresse, melhora a qualidade do ar, estimula os sentidos e favorece momentos de contemplação. Segundo Júlio, é possível pensar o paisagismo como um verdadeiro remédio natural. “Plantas como lavanda e alecrim, por exemplo, têm aromas que acalmam e revigoram. Já hortas com manjericão, hortelã e erva-cidreira estimulam o toque, o olfato e o paladar, criando experiências completas para o corpo e a mente.”
Os chamados jardins sensoriais também estão entre as propostas do Studio Júlio Sousa. Eles reúnem texturas, aromas e cores pensados para estimular os sentidos e trazer presença para o momento presente. “Nosso objetivo é que os moradores “desacelerem”, sintam o cheiro das folhas, o som da água, a textura das pedras. São detalhes que transformam o espaço em um refúgio emocional”, explica.
A ciência também confirma os benefícios dessa conexão. Estudos em neurociência e psicologia ambiental apontam que o simples ato de observar plantas já contribui para reduzir a pressão arterial, melhorar o humor e até acelerar processos de recuperação.
