“Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho”, é um dos versos imortalizados pelo mestre Tom Jobim em sua canção Wave. No agitado ritmo da vida cotidiana, é comum que as demandas diárias consomem a maior parte do tempo, sendo, muitas vezes, o fator que nos distancia daquilo que é verdadeiramente essencial: a conexão com seres humanos. É nesse cenário que a arquitetura de interiores emerge como catalisador, promovendo não apenas ambientes esteticamente agradáveis, mas também espaços que incentivam essas interações. “A valorização de espaços de convivência social nas residências ressurge como resposta à importância de restaurar e prezar nossas relações. São ambientes cuidadosamente projetados para exalam uma atmosfera de contato e diálogo, sendo considerados, para nosso escritório, poderosos instrumentos para famílias mais vibrantes, saudáveis e que valorizam as suas relações externas com parentes e amigos”, refletem Ieda e Carina Korman, profissionais à frente do escritório Korman Arquitetos.
Por que prestigiar os espaços de convivência em casa?
À medida que a sociedade evolui, o incentivo para viver em comunhão com o próximo é um dos pontos altos nos projetos arquitetônicos. A arquiteta Carina Korman relata que ela e Ieda gostam de analisar oportunidades em que possam criar cenários propícios ao florescimento de relacionamentos e experiências significativas. “Abordar esse conceito traz uma grande contribuição no estreitamento das relações mais íntimas entre casais e filhos, como com outras pessoas que estão há muito tempo em nossa vida, mas que geralmente passamos muito tempo sem estar juntos. A arquitetura não se trata apenas de conceber ambientes agradáveis aos olhos, mas também de entregar diversos caminhos para o bem-estar humano”, analisa a arquiteta.
Em áreas residenciais, essa tendência costuma se manifestar em áreas comuns como salas de estar e de jantar, varandas, cozinhas abertas e espaços gourmets. De acordo com Ieda, as áreas de lazer exprimem o potencial máximo desse conceito e até mesmo a cozinha, que antes era delegada em segundo plano, saltou em sua magnitude: aberta e integrada, sua estrutura é um convite ao relacionamento entre os habitantes da casa enquanto preparam as refeições.
As arquitetas do escritório Korman Arquitetos listam dicas que geram momentos especiais no convívio entre pessoas:
• Abrir e integrar espaços:
Como dito anteriormente por Ieda Korman, a integração de ambientes é um dos caminhos e, para tanto, é necessário levar em conta layouts abertos que se conectem a áreas comuns, como a área de estar com os espaços externos.
• Escolha das cores:
•Decór significativo:
• Espaços externos
Investir em espaços ao ar livre é uma estratégia importante, segundo as profissionais. Varandas, jardins e terraços bem projetados triunfam como convites para vivenciar o momento em grupo e, para tanto, é indicado investir em móveis confortáveis em um décor que estimule o aconchego em plenitude.
• Tecnologia a serviço da conexão:
Áudio e sistemas de entretenimento de alta qualidade são um ‘algo a mais’ para transmutar e intensificar a ideia de celebrações. Televisões e projetores acrescentam o ambiente ideal para sessões de cinema em casa.
• Design bioclimático:
O design bioclimático não só contribui para a eficiência energética, como desperta os desejos de estar e permanecer. Para tanto, as arquitetas enumeram pontos como a ventilação cruzada, iluminação natural e sombreamento adequado.
• Espaços flexíveis e adaptáveis:
Ambientes com espaços flexíveis e móveis adaptáveis permitem que um mesmo local possa ser convertido para diversas ocasiões. “Salas que podem ser transmutadas em espaços de trabalho, lazer ou recepção exemplificam a sustentação desse conceito que acreditamos”, finalizam Ieda e Carina Korman.