Recém-inaugurada, biblioteca já está aberta ao público para consultas, leituras e pesquisas, que podem ser realizadas no local gratuitamente.
Referência no desenvolvimento de projetos com arquitetura cuidadosa com as pessoas e com a cidade, a MOS tem entre seus ideais tecer relações entre arquitetura, cidade e arte para além dos edifícios e casas que projeta. Desdobrando esse sentido à cultura, a MOS acaba de abrir ao público um espaço dedicado a livros de arquitetura e urbanismo: a Biblioteca MOS.
Instalada dentro da loja do Sabino, edifício que a MOS está construindo próximo à Praça Horácio Sabino, em Pinheiros, a Biblioteca MOS permite que as pessoas desfrutem de um ambiente aconchegante para consultar gratuitamente um o acervo especial que, atualmente, reúne mais de 100 livros. Entre as obras estão desde títulos contemporâneos até os raros e esgotados. O espaço também irá promover rodas de bate-papo sobre os livros, sempre de forma gratuita e aberta ao público.
“Nossa equipe tem boa relação com a leitura. Incentivamos o hábito com uma coleção de livros disponíveis em nosso escritório e criamos até um clube de leitura, com encontros mensais para discutirmos os títulos que selecionamos. Decidimos expandir essa experiência para o público com a Biblioteca MOS, especializada em arquitetura, especialmente porque está ligada a um dos nossos objetivos que é o de estimular a reflexão e a relação das pessoas com a arquitetura, a arte e a cidade”, explica Eduardo Andrade de Carvalho, um dos sócios-fundadores e CEO da MOS.
A seleção de livros da Biblioteca MOS abarca um período de mais de 70 anos de história da arquitetura e urbanismo. Além de abrigar um conjunto importante de títulos raros do modernismo brasileiro, o espaço oferece acesso a obras com abordagens bem atuais: reúso, materiais sustentáveis, integração ao meio ambiente e títulos fora do eixo Europa-Estados Unidos, incorporando produções editoriais da América Latina e da África.
Entre os destaques da seção Primeiras Edições, Fac-Símile e Raros, estão dois números especiais da revista Acrópole sobre Brasília – um deles publicado em fevereiro de 1960 e o outro, em agosto de 1970. As publicações permitem comparar os diversos projetos para a capital do Brasil, com documentação das primeiras versões, os depoimentos dos arquitetos e os registros dos edifícios dez anos depois de construídos.
Ainda entre as raridades estão a coleção completa de Nuevos Caminos de la Arquitectura e a primeira edição da revista Arquitetura Brasileira do Ano (ABA), um número especial de 1968, dedicada à nova arquitetura do Amazonas, com projetos pouco conhecidos de Severiano Porto e da arquitetura tradicional manauara. Também vale consultar, na seção Modernismos, o livro Project Japan: Metabolism Talks, em que os autores Rem Koolhaas e Hans Ulrich Obrist entrevistam alguns dos arquitetos que participaram do movimento Metabolista, surgido nos anos 1960, em Tóquio, com muitas imagens relevantes do período.
Na seção Debates Contemporâneos, chama a atenção o conjunto das revistas 2G, a+u e El Croquis. O livro “Buscando a Mies”, no qual o colombiano Ricardo Daza parte de uma única fotografia para investigar e debater as relações entre a arquitetura, seu autor e obra, é um dos destaques da seção Narrativas Visuais da Biblioteca MOS.
A Biblioteca da MOS é um projeto itinerante e, por isso, quando o Sabino estiver com suas obras concluídas, ela se mudará para outro edifício MOS em desenvolvimento.
SERVIÇO
Biblioteca MOS
Local: Rua Capote Valente, 1.323, Pinheiros, São Paulo
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 19h.
Observação: Os livros devem ser consultados no local. O acesso à biblioteca é gratuito.